segunda-feira, 28 de maio de 2007

APOSTASIA: MITO OU REALIDADE - Texto de Pascoal Naib

Apostasia (em grego antigo απόστασις [apóstasis], "estar longe de") não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à prática religiosa. Tem o sentido de afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto. Uma pessoa apóstata geralmente é afastada do grupo religioso, no qual era membro, e pode sofrer as consequências como preconceito por parte de membros ativos, devido a convicção da fé. Por outro lado o apóstata pode também pedir formalmente para ser retirado dos registos da religião em causa deixando assim de ser contabilizado para todos os efeitos legais. (Wikipédia) Essa é a definição equilibrada para um apóstata, porém o termo ganhou tons depreciativos, principalmente na fé cristã, que passa a colocá-lo como inimigo de Deus. Eis o tom geral em muitas igrejas cristãs a até mesmo entre as Testemunhas de Jeová: “Apostasia sempre existiu, mas no final dos tempos atingirá um nível muito elevado: "Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição" (2 Ts 2:3). Apostasia é rebelião contra Deus. Quando o cristão passa a dar ouvidos a "espíritos enganadores e a doutrinas de demônios", afasta-se das verdades bíblicas e comete apostasia (1 Tm 4;1)”.
O interessante é que a colocação do apóstata inimigo de Deus passa a ser algo contraditório, pois na realidade quase todas as religiões dizem que seu “deus” é o verdadeiro e que seu adeptos são o povo escolhido para salvação. Assim cabe a pergunta: o medo real para com o apóstata não é o dele fazer frente a Deus, pois o que poderia o homem contra o transcendente, contra algo Superior? O real medo é que falhas dentro de uma denominação religiosa sejam desmascaradas e aí o poder de quem controla esse raciocínio religioso seja colocado em xeque! Para que isso não ocorra é feito logo a demonização do dissidente e se possível acompanhadas de várias calúnias e de admoestações severas de quem comungar com suas idéias ou apenas conversar com tal pessoa não terá mais o favor de Deus, sendo que na realidade isso se mostra ser temor de homem em perder seu poder, algo que é sempre criticado pela própria Bíblia!

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