Na mais recente emissão do programa JW Broadcast de Julho de 2015,
o mais criticado e polêmico membro do Corpo Governante (liderança) das Testemunhas
de Jeová, Anthony Morris III, apareceu perante as câmaras com o
propósito de abordar o melindroso assunto do abuso sexual de crianças
(ver vídeo no final do texto).
Foram apenas cerca de 9 minutos dedicados a esta temática, numa altura em que inúmeros casos de abuso sexual no seio das Testemunhas de Jeová têm surgido na mídia e tem levado muitas Testemunhas de Jeová sinceras a questionar o que realmente se passa nos bastidores da sua organização religiosa.
Inúmeras são também ex-Testemunhas de
Jeová que acusam a liderança de promover uma política de encobrimento
destes casos, bem como de silenciar as vítimas através de ameaças de
expulsão, conduzindo à sua total ostracização (por parte dos membros
fiéis à religião). Bárbara Anderson e Bill Bowen estão entre os mais determinados denunciantes das políticas organizacionais da Watchtower (Torre de Vigia) com respeito a este assunto.
Não nos podemos esquecer que desde o renomado programa Panorama da BBC em 2002, com o tema "Sofrem as criancinhas",
em que uma reportagem de investigação revelou ao mundo os graves
problemas de abuso sexual em congregações inglesas das Testemunhas de
Jeová, vários casos foram levados a tribunal (ver aqui o mais recente). O caso de Candace Conti foi sem dúvida o mais falado.
Para aqueles que pensavam que Anthony
Morris III iria abordar este tema de forma sincera e direta, tendo em
conta a exposição pública que a organização tem sofrido a este respeito,
a frustração foi total.
De forma leviana e irresponsável,
Anthony Morris III acusou os homossexuais como grupo, de estarem por
detrás dos abusos sexuais infantis que grassam hoje em dia.
Puxando de uma revista Despertai!
dos anos 80, enumerou vários artigos que abordavam a chamada "Nova
Moralidade". E referindo-se a um dos artigos da revista disse:
"Ela alertava sobre os homossexuais que exploravam e defendiam o direito de usar garotos para o sexo. Tenham vergonha!"
O artigo a que Morris se referia era uma
verdadeira peça de propaganda, onde um incidente isolado de redes de
prostituição infantil condenada pela sociedade civil foi transformada
num artigo contra os homossexuais como grupo. A exploração de tal
controvérsia, torna-se assim uma generalização, como que afirmando que
todos ou a maioria dos homossexuais são abusadores de crianças. Na
prática, é o mesmo que alguém afirmar que por existirem predadores
sexuais entre as Testemunhas de Jeová a maioria, senão todas elas, são
abusadoras de crianças.
Nada mais ridículo!
Na realidade, ao se ouvir os comentários
de Anthony Morris III sobre este assunto (abuso infantil), percebe-se a
manobra criada em torno do tema. Mais uma vez, os
homossexuais são os culpados!
Na realidade, tal acusação já por anos
foi descartada como verídica. Os estudos existentes demonstram que não
existe diferença no número de abusadores sexuais gays e os abusadores
sexuais heterossexuais.
Numa altura em que os olhos do mundo, tanto da mídia,
como da Justiça, estão voltados para as organizações religiosas
acusadas de encobrir casos de abuso sexual, (tais como a Igreja Católica
e Testemunhas de Jeová), é um verdadeiro "tiro no pé" tentar atirar a
culpa para alguém exterior a essas organizações religiosas.
Os abusos sexuais ocorridos ao longo dos
anos dentro da religião das Testemunhas de Jeová, não têm sido
praticados por homossexuais do "mundo", conforme Morris parece querer
afirmar. Esses abusos têm sido praticados por homens (e algumas
mulheres), respeitados na congregação. Desde betelitas, anciãos, servos
ministeriais, pioneiros e comuns publicadores, são estes que têm sido
levados à justiça por tais crimes.
O problema do abuso sexual nas
Testemunhas de Jeová, nasce dentro da religião e tem sido alimentado por
décadas de inação por parte da liderança da mesma, tendo como grande
responsável o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová.
Este grupo de homens tem criado
verdadeiras barreiras à promoção de políticas organizacionais que
protejam de fato as crianças nas congregações. Ao invés disso, têm
criado normas que impedem a justiça de atuar nestes casos, colocando a
vítima [criança] no lugar de criminoso, partindo do pressuposto que a
acusação é infundada e que a menos que haja pelo menos 2 testemunhas do
abuso, deve-se "entregar o assunto nas mãos de Jeová".
Excerto do manual de anciãos (KM) que dá orientações em caso de abuso sexual de menores.
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Ao invés de admitir tais falhas nos
procedimentos internos que vieram alimentar o número de casos de abuso
infantil dentro das "muralhas" da Torre de Vigia, Anthony Morris III fez
este tipo de declarações:
"Como organização religiosa, nossa
determinação é manter uma firme posição contra essa conduta. Estamos
decididos a proteger as crianças de qualquer tipo de abuso."
"Nossa posição como organização é que toda a possível vítima ou seus pais nunca devem ser desincentivados de relatar o acontecido às autoridades competentes."
"É evidente que por décadas,
proteger as crianças de abuso tem sido prioridade desta organização.
Temos orgulho de nossa reputação neste respeito".
É verdade que por décadas, a Torre de
Vigia tem publicado matéria sobre este assunto, até mesmo com conselhos
para os pais e filhos, conforme refere Morris.
Mas pode-se levantar as seguintes questões:
- Será que por uma organização religiosa publicar matéria sobre o abuso sexual infantil, faz dela automaticamente uma organização que protege as suas crianças?
- O que é mais importante? É a publicação de matéria sobre esse assunto (que tem o seu devido mérito), ou ter políticas organizacionais que realmente olhem para o abuso sexual como um crime hediondo e não apenas como um "pecado"?
- Como se pode dizer que "por décadas, proteger as crianças de abuso tem sido prioridade desta organização", quando os abusos ocorrem de forma sistemática e são encobertos das autoridades, até mesmo a organização negando fornecer as informações necessárias de modo a criminalizar o abusador?
- Pode-se levar a sério uma organização religiosa que afirma proteger as suas crianças, e quando elas mais precisam dela, esconde-se atrás de um batalhão de advogados de modo a isentar-se de toda a responsabilidade no processo ocorrido?
- A Organização demonstra preocupação com as crianças quando sabendo da existência de abusadores sexuais na congregação, mantém silêncio sobre o assunto deixando os pais completamente descansados, acreditando que seus filhos estão a salvo de predadores sexuais dentro da congregação?
O cadastro que este organização já carrega consigo, revela que tais palavras são apenas propaganda mentirosa e oca! Centenas de vítimas têm atestado como têm sido levadas perante Comissões Judicativas por acusarem alguém de abuso sexual sem testemunhas (como se as houvesse neste caso!). Muitas foram expulsas da congregação por terem decidido dar o passo corajoso de relatar os abusos às autoridades, apenas para evitar manchar o nome da Organização e levar a que os membros fiéis descartem tais acusações como mera propaganda apóstata.
Foi o que aconteceu no caso de Barbara Anderson e Bill Bowen
que decidiram relatar perante as câmaras da BBC aquilo que sabiam sobre
o encobrimento de abusos dentro da congregação das Testemunhas de Jeová
e da lista secreta, mantida na Sede Mundial em Brooklynn, com mais de
20.000 registos de supostos ou confirmados abusadores sexuais dentro das
congregações.
Estas duas Testemunhas de Jeová foram expulsas na véspera do programa ser emitido, de modo a desacreditá-las perante os fiéis.
Será que uma organização religiosa assim merece crédito?
Esta palestra dada por Anthony Morris
III, membro do Corpo Governante, é mais um tijolo colocado no muro já
por si debilitado que tenta proteger a Organização da enxurrada de
escândalos que a assolam.
Créditos:
Texto adaptado do colega TJ Curioso.
Olá, agradeço este espaço de oportunidade para me expressar, já fui testemunha de..."não vou usar o nome Divino pelo profundo respeito que tenho a Ele e quem representa". Sou Brasileiro, hoje tenho 44 anos, quando tinha cerca de 13 a 15 anos, fui molestado sexualmente por um "ancião" que tinha posição de confiança na congregação, entende? discursos na frente de todos, participação em congressos e assembleias, alguém além de suspeitas por assim dizer...lembro-me que na época me levaram para uma comissão junto com minha mãe onde perguntaram o que havia presenciado. Fiquei sabendo que o mesmo ancião já havia se envolvido com outros jovens. Hoje depois de mais de 20 anos, vi esta pessoa andando na rua livre sem ter que responder judicialmente por nada, sei que existe Deus, o Criador de todas as coisas, o Pai Celestial de amor "tamanho" que enviou seu Filho amado a terra para que pudéssemos ter a salvação e que Ele julga corretamente cada um por suas ações. Bom amigos... agradeço vosso tempo...falo de um passado distante quando era um adolecente, hoje minha mãe presente naquela comissão já não está mais viva e de qualquer forma estou no Brasil, crimes realizados a 20 anos não tem valor penal...aqui dizem "- O crime caducou" . Fiquei contente de poder expressar estes sentimentos aqui e gostaria de dizer que esta é uma situação que existiu no meu tempo de adolecencia aqui no Brasil e tomara que não aconteça com vitimas inocentes da atualidade. Obrigado pela oportunidade. Adeus.
ResponderExcluirSão todos apóstatas ok
Excluircaluniadores. Nao tem oque fazer e fica falando das religioes. Satanas estara com vc no dia de julgamento.
ResponderExcluirNão é calúnia não, é fato, existe sim caso de pedofilia dentro da organização das testemunhas de Jeová, e a vítima é Obrigada pelos anciãos e pelo corpo governante a não fazer a denúncia, e assim os casos ficam acobertado e só entre eles e a vítimas. (a criança inocente)
ExcluirBoa Noite meus Queridos
ExcluirEu queria dizer que essas coisas que vcs ficam acusandos as Testemunhas de Jeová é irracional. Vcs odeiam elas pq elas são seguidoras de Cristo e Jesus disse q os verdadeiro seguidores dele seriam odiados por tds e perseguidos por causa do nome dele. Não se pode dizer q a religiao das Testemunhas de Jeová é falsa ou desmerece-la por causa das falhas de uns membros. Aliás qual religião que não tem problema interno? Seria mentiroso quem dissesse a q eu vou ou aquele ou aquela. A verdade é q as crenças das Testemunhas de Jeová é a verdade. as Testemunhas realmente ajudam o próximo se comportam como Jesus q ia até as pessoas não q esperava sentado. As Testemunhas baseiam tds as sua crenças na Biblia e pode tr certeza elas herdarão a Terra. Agora é a hora de pensar com a razão e deixar o ódio e o orgulho d lado. Pq Jeová, ao qual mostramos mais respeito quando buscamos sinceramente chama-lo por nome, julgará a tds os q são Testemunhas de Jeová e os q não são. Para ser salvo não basta só ser Testemunha de Jeová, é PRECISO VIVER COMO UMA.
Abraço!!!
Se excluirem esse comentário revelaram sua verdadeira natureza satanica....
Sou um observador de comentários de origem religiosa ou não, o que me pergunto é: Será que assim como são orientados a não denunciar pedofilia e deixar apenas entre "eles mesmos", casos de furto, homicídio, fraudes que também são crimes, e outras...também é só deixado "entre eles" e isto visto como prova de verdadeira fé? Pessoalmente acredito ser uma decisão de cumplicidade com o CRIME e atitude de criminoso, pessoas assim precisam ser submetidas ao código penal vigente do país. Pessoal vamos denunciar isto para as autoridades "É crime".
ResponderExcluirNova Moralidade? Quem pregou a velha moralidade foi a Igreja. E qual era? Mulher só pode casar virgem; não pode divorciar; não pode ser homossexual; não pode usar anticoncepcional... As Testemunhas sentem falta da moralidade instituída pela IGREJA CATÓLICA e que nem era lá tão eficaz? A Nova Moralidade é do sexo livre e não do sexo inconsciente e criminoso. As Testemunhas de Jeová impõem uma moralidade reacionária e discriminam homossexuais!
ResponderExcluirPedofilia não denunciada as autoridades também é CRIME, os culpados devem ser investigados e corretamente sofrer a penalidade de acordo com o código penal do País.
ResponderExcluirUUUAAAAAUUUU! Quem encobre conduta criminosa tem que ser preso, " também faz parte da quadrilha" esta seita representa perigo na segurança da sociedade, tem que avisar a policia.
ResponderExcluirÉ lastimável em pleno século 21 ainda ser comprovado religião com atitude sectarista que se acha acima do cumprimento do estatuto da criança e do adolescente sendo conivente com a pedofilia não denunciando. Por tal atitude sectarista prova não ser uma religião mas uma seita de atitude que representa perigo para sociedade por sua posição sectarista se achando acima da lei estabelecida de um País, os culpados devem pagar de acordo com o código penal são criminosos.
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