CRITICAR AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ, ME TORNA UM REVOLTADO OU FRUSTRADO?

Você é um inconformado! Você é um revoltado! 

Imagine que tais frases foram dirigidas a você. Qual sua reação diante dessa situação? Acha que foi um insulto ou um elogio? Vou tentar fazer essa reflexão, pois muitas Testemunhas de Jeová afirmam que meus textos visam perseguir e difamar a sua denominação religiosa e que meus argumentos são apenas reflexos da minha frustração, revolta ou mesmo desequilíbrio emocional. Meus textos nunca se referem a pessoas ou mesmo tentam incitar a perseguição ou difamação, pois meu objetivo não são esses. Porém, é mais fácil para uma Testemunha de Jeová me rotular como servo do diabo e não ler meus argumentos, do que realmente tentar refutá-los e mostrar as minhas “contradições” de raciocínio. Quando tento apenas desqualificar meu oponente com acusações pessoais, apenas demonstro que não tenho argumentos sólidos para refutá-lo. Caio no erro de discutir a pessoa e não sua ideia. Mas, respondendo a questão inicial, para mim é um elogio ser chamado de indignado, inconformado e de revoltado. Explico isso definindo essas palavras:
Indignação: Sentimento de cólera despertado por ação indigna; ódio, raiva.

Inconformado: Que não se conforma ou não se conformou.

Revoltado: Diz-se de pessoa inconformada, que se sente alvo de injustiça, etc.
Já dizia o grande educador brasileiro Paulo Freire, que não devemos perder nossa capacidade de se indignar frente às injustiças. Não podemos ser meros expectadores passivos diante de mentiras e de atrocidades. Se revoltar diante de perseguições, discriminações ou intolerâncias é mostrar zelo pela verdade, pelo amor e pela justiça. Quando critico as Testemunhas de Jeová, eu não critico sua fé ou sua liberdade de crença garantida constitucionalmente, mas critico seus fundamentalismos que levam pessoas a morrer tanto literalmente (por meio da proibição de transfusão de sangue) como socialmente (mediante a discriminação feita a ex-adeptos). O maior exemplo de indignação e de revolta para os cristãos não é o próprio Jesus Cristo? Cito aqui (João 2:14-16): 

"E ele achou no templo os que vendiam gado, e ovelhas, e pombas, e os corretores de dinheiro nos seus assentos. Assim, depois de fazer um chicote de cordas, expulsou do templo a todos com as ovelhas e o gado, e derramou as moedas dos cambistas e derrubou as suas mesas. E ele disse aos que vendiam as pombas: “Tirai estas coisas daqui! Parai de fazer da casa de meu Pai uma casa de comércio!”

Alguém imagina que Jesus, estava derrubando bancas de cambistas cheio de moedas e expulsando animais com chicotes, de forma branda e educada? Existe momento para tudo e com certeza esse momento era para a indignação, a revolta e o inconformismo! Jesus não aceitou que a mentira, o cinismo passassem despercebidos! Ele energicamente denunciou, pois se ficasse calado seria omissão e covardia de sua parte! Os fariseus persistiam em chamá-lo de charlatão e de louco, mas caiam no erro já citado anteriormente: não podiam refutá-lo de forma argumentativa, pois estavam errando e pecando contra Deus.

Cito o exemplo de Jesus, não como uma forma de comparação e sim de imitação, pois não se deve seguir um exemplo justo? Eu sigo um exemplo de denúncia e de zelo pelo que é correto. Pontuo o que digo e me respaldo no senso de justiça que é combater toda forma de intolerância religiosa. Nesse Blog me dedico a denunciar os abusos cometidos pela Torre de Vigia e assim continuarei até vê-los extirpados do nosso convívio. Meu amor ao próximo, me induz e me estimula a continuar nessa missão. Muitos também acreditam nisso, pois sonho que sonha só é só um sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade!